sábado, 17 de setembro de 2011

ALGO DE LUZ E TREVAS...



ALGO DE LUZ E TREVAS...
(Luciane A. Vieira – 29/07/2010 – 10h)

Para onde irão meus passos
Se não posso sequer caminhar
Por minhas próprias pernas...?
Por onde eles serão livres
Para conseguir gerir
A sua capacidade de ser...?
Como entendê-los e avante caminhar
Se não se tem o direito de decisão
Nem a força para dizer "basta!"...?

Cansa-me a chuva...
A opressão lastima a face...
O ócio suprime o degredo...
O ódio empana meus dedos...
Sou fera, ferida, ferina,
Cansada...

Onde meus passos
Que se revoltam mas
Não encontram pegadas...?

Preciso luz para clarear
Esta estrada que me devora
A sede de vida...
Necessito da treva para ocultar
Que não há ânimo nesta vã
Massa inerte que apenas observa,
Sem ânimo, o tempo...
Sou fossa de estagnação...
Aguardo luz para continuar...
Encontrei passos que comigo caminham
Mas no dia a dia permaneço só:
Eu e meu insano destino...



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