segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A MORTE DA POESIA






A MORTE DA POESIA...
(Luciane A. Vieira – 07/02/2011)

Voltei a sentir necessidade da morte!
Não há mais retorno para mim, pois
A vida já não mais faz sentido.
Estou sentindo o coração fraco
A carne insegura
O juízo cortado...
O que sinto?
Já não sei dizer...
Apenas sei que viver não prevalece
Não há amor...
Não há carinho...
Há apenas a angústia
Predominando em meus caminhos
E assassinando meu coração...
Cada palavra mais áspera
O embarga...
Cada olhar hostil
É uma facada...
Estou me sentindo triste,
Deprimida...
Sinto falta do meu passado
Que, em si, foi carrasco...
Apenas a morte me libertaria
De toda maldade que há na vida...

sábado, 17 de setembro de 2011

AMAR AMANDO...





AMAR AMANDO...
(Luciane A. Vieira - 29/05/2010 - 01:20h)

Eu tanto amei que
De mim esqueci
E nas estradas vívidas
Eu me encontrei em
Sonhares tão belos
E em louvores
Indiscretos...
Tanto me fiz de
Certezas que me
Coroei de luxúrias e
Em vão procurei
No eco das ilusões
A sua face,
Perdida nas esquivas
Esquinas...
Esquecidas...
Do tempo...
E do caos da vida...




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ALGO DE LUZ E TREVAS...



ALGO DE LUZ E TREVAS...
(Luciane A. Vieira – 29/07/2010 – 10h)

Para onde irão meus passos
Se não posso sequer caminhar
Por minhas próprias pernas...?
Por onde eles serão livres
Para conseguir gerir
A sua capacidade de ser...?
Como entendê-los e avante caminhar
Se não se tem o direito de decisão
Nem a força para dizer "basta!"...?

Cansa-me a chuva...
A opressão lastima a face...
O ócio suprime o degredo...
O ódio empana meus dedos...
Sou fera, ferida, ferina,
Cansada...

Onde meus passos
Que se revoltam mas
Não encontram pegadas...?

Preciso luz para clarear
Esta estrada que me devora
A sede de vida...
Necessito da treva para ocultar
Que não há ânimo nesta vã
Massa inerte que apenas observa,
Sem ânimo, o tempo...
Sou fossa de estagnação...
Aguardo luz para continuar...
Encontrei passos que comigo caminham
Mas no dia a dia permaneço só:
Eu e meu insano destino...



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ACONTECEU




ACONTECEU
(de: Luciane A. Vieira – 25/03/2007 – 23:51h)


Novamente só no turbilhão
Desta vida
Como uma fera ferida
Com a alma sentindo, em si,
O pranto.

Outra vez, apenas mais uma
Vez a chaga sangra e padece
De uma nova solidão que parece
Ser meu destino no mundo...
Um mero segundo...

Mais uma incerteza se instala
No coração tão machucado
Que insano se marca,
Se chora, se humilha,
E se fecha uma vez mais...


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À SOMBRA DE UM SORRISO...



À SOMBRA DE UM SORRISO...
(Luciane A. Vieira – 12/05/2010 – às 15h)

Das cinzas do tempo
Contemplo meus sonhos
Se esvaindo em sentimentos...
E me regalo num perdido olhar...
Na brisa da manhã me espanto e
Muda de sorrisos, me destaco
Num camafeu de incertezas...
No espectro iluminado da vida...
Tal fugidio interlúdio
A se mascarar em utópicos
Soluços inquietos
Se descarta das desilusões convulsas
Se desfaz em névoa de trevas
Na esperança doce e
Há tanto tempo esquecida...







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A SOLIDÃO




A SOLIDÃO.
(de: Luciane A. Vieira – 23/03/2007 – 00:04hs)


Só sabemos o significado real da solidão ao vermos picada de forma fria, cruel e letal a nossa confiança.
Perdemos a noção do amor, carinho, ternura...???
Serão poucas as pessoas como eu a perseguirem ainda este sonho de amor, falido pelas massas, mas existente em muitos corações?
É tão triste ser só...
Mas tristeza é saber estarmos perdidos num mundo de solidões múltiplas... Num momento da vida humana em que somente ser só está contando pontos para a sobrevivência.
É caótico imaginar sequer termos uma válvula de escape...
É terrível não entender por que estamos sobrecarregados de negação...
É horrível pensar nada existir além desta vida...
Triste é perder todas as esperanças...
É duro saber sermos joguetes em mãos de seres amorais, culposos, culpados, aterrorizados e infames... Mas é a realidade.
Quando não podemos nada fazer, apenas nos juntamos às lágrimas caídas tais quais as nossas.
E morremos um pouquinho a cada dor...
Saúde!!!!!!!!!!!!!!!!!


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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

POEMA EM RISCO


POEMA EM RISCO 
(Luciane A. Vieira – 19/08/2011 – 08:34h)

Já não se escreve mais como antes
Onde o coração prevalecia à razão...
A alma se desfaz em tolos receios
Na calma essência dos poetas de hoje
Onde tudo suga o espírito e
Tudo assanha os sentidos...
Na palma de nossas mãos se refaz
Um louco desvario, onde dedos
Teclam sonhos já esquecidos...
Onde a poesia de outrora ficou?
Antes era tão simples rabiscar no papel
Sentimentos...
Hoje se lança na máquina
Se esquece o que disse
E ponto final...

UMA FORMA DE LIBERDADE




UMA FORMA DE LIBERDADE...
(Luciane A. Vieira - 18/05/2011)

Sou muito teimosa para dar o braço a torcer
Sempre fui assim...
Talvez eu demore sempre e muito para
Entender que nada certo está...
Mas também não sou tola...
Vejo além de todos os meus passos...
Além de todo impedimento...
Retroceder à antiga vida é regredir
Embora muito pouco tenha mudado...
Minhas preocupações são as mesmas...
Minhas dores também...
As tristezas então...
Sequer dou conta delas...
De todas as maneiras que já
Pensei que meu amor bastaria...
Mas não basta... Nunca bastou...
Minha liberdade se foi... e eu
Pensei que a havia conquistado...
Engano meu!!!
Hoje apenas passo meus dias sem
Ter sequer o direito de cuidar
De maneira correta
De mim...
Talvez a morte me acolha breve...
De forma natural...
É tudo o que eu, apenas,
Peço...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

PALAVRAS MALDITAS


 

PALAVRAS MALDITAS!
(de: Luciane A. Vieira – 19/06/2011 – 12:11h)

Já não sei mais sobre o que escrever
Pois se digo do que sinto
Não há entendimento...
Eu entendo da dor!
É sobre o que sei falar...
Apenas dor...
Já notei que de nada vale
Fazer o bem aos outros
Pois se recebe o casco de
Qualquer jeito...
Talvez um tapa não doesse tanto
Quanto palavras malditas
Quando menos esperamos...
A maneira que tenho de desabafar
É aqui... É assim...
Desconexa por vezes...
Tão clara em outros momentos...
Eu sei contar de lágrimas...
De dores...
De pesares tais
Que a dor ainda mais sangra
Mais fere... Mas sai pra fora
E alivia...
Que me perdoem se meus ais
Ferem sua dor...
Que me perdoem se minhas palavras
Ferem seus pensamentos...
Apenas entendam porque
Choro em minhas mal traçadas
Linhas...


PADECIMENTO



















































PADECIMENTO
(Luciane A. Vieira – 22/04/2011 – 20:27h)


Já não aguento mais tantas dores
Rondando meu corpo...
Será apenas a dor a me restar
Nesta vida?
Estou falando da dor física
A assolar o coração,
A coluna dorsal,
A cabeça já fatigada...
O corpo já se encontra corroído
E muito cansado...
Vezes sem conta me sinto
Com a necessidade de ter
Todas elas aniquiladas...
Mas o peito urge e ruge,
Cansado, estranho,
Imperfeito e rasgado...
Quantas cirurgias mais?
Quantas paradas mais?
Quantos padecimentos mais?
Eu não sei...
Só sei que psicologicamente
Estou frágil e só...


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LIMITE



LIMITE...
(Luciane A. Vieira – 26/05/2011 – 10:15h)
Estou no limite de minhas forças...
Sinto a vida se adelgaçar rente
A meu pescoço e apertar firme e
Inexoravelmente...
É intangível serpente de
Luminares tais a espargir
O fel das plúmbeas chagas
Libertas da maldade...
É incrível soluço de tantos ais
A se comunicar com a descendente
Flama a arder no véu do
Esquecimento...
É inconstante vento
Esmaecendo o céu azul
Da fragilidade humana...
Ah, Deus!
Me sinto perdida e olvidada
De Ti e de tudo o mais
Existente ao meu redor...
Onde estais que não me escutas?
Onde a brisa mansa e calma
Prometida há tanto tempo e
Que não vem?
Estou cansada de todos
Os enganos...
Fui..............






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