quinta-feira, 24 de novembro de 2011

COMO SER (Luciane A. Vieira - 24/02/2010 - 03:42h)





COMO SER
(Luciane A. Vieira - 24/02/2010 - 03:42h)

Ser nada mais é que flama
De um sonho enterrada no
Peito pelo punhal da
Palavra expressa num gesto
De limbo e de estranho gemido
Inválido esqueleto
De um expresso olhar
Removido pelo plúmbeo
Emaranhar de lúgubres
Sorrisos...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CISMARES... (Luciane A. Vieira – 08/07/2010 – 00:58h)


CISMARES...
(Luciane A. Vieira – 08/07/2010 – 00:58h)

Meus gritos não tem mais ouvidos
Meus invectivos delírios
Esquecidos ficaram nos véus encanecidos
Do tempo.
Onde os vícios?
Onde os vacilos?
Onde os amigos???
Será que existiram em algum vento?

Será que se vestiram em algum enterro?
Será que se perderam no vento tumular do degredo???
Fui segregada e escarrada da vida
Isolada fiquei nas intempéries imundas
Empurrada me escoei nas virtudes do esquecimento...
Onde foram meus certeiros espasmos de versos
Vomitados no ressoar incômodo do mundo???
Faltaram a mim, contudo, insatisfeitos, se ficaram
Mudos...
Pinte-me de negro, e se quiser,
Jogue, por cima, o sangrar rubro que
Plúmbeo se enraíza na agonia das cinzas...

CHUVAS DE VERÃO... (de: Luciane A. Vieira - 21/11/1984)




CHUVAS DE VERÃO...
(de: Luciane A. Vieira - 21/11/1984)

Rua escura... deserta...
Sozinhos neste espaço finito
Dois pedaços desta paisagem
Na chuva, na madrugada, no tempo...
Vagando na magia do momento
Dançando na fisiologia do instante
Sentindo o fulgor indomável
Do fogo no amor...
Dois amantes que sentem em si
A doçura de uma palavra que dura e
Irrelevante para eles é o futuro
Pois sentem em demasia
O que se faz ali presente em
Corpo e chama...

CANSAÇO EMOCIONAL... (Luciane A. Vieira – 15/07/2010 – 17:44h)





CANSAÇO EMOCIONAL...
(Luciane A. Vieira – 15/07/2010 – 17:44h)

Estou muito cansada...
Cansada das palavras malditas
Cansada das tolas ironias
Cansada do degredo e do ostracismo
Cansada do desrespeito à liberdade alheia
Cansada dos silêncios abomináveis do ódio
Cansada dos hipócritas segredos do passado
Cansada da prepotência do presente...
O ócio predomina no espírito fraco...
Sim: sou inerte massa disforme
Que apenas não encontrou até agora
O descanso merecido na campa
Incólume do esquecimento...
Não tenho a quem recorrer
Me reporto, pois, às palavras
Pois elas são cortantes
Palavras são verdade e
Confessam tanto luz quanto sombras...
Palavras são verdades...
Detalhes, quem sabe, de um
Ser que não consegue mais ser...
Meu coração já não sabe...
Meu coração nada mais vale...
Meu coração já não bate...
Ninguém me socorre nem ouve
Meus gritos... Daqui a pouco
Serão apenas gemidos... Espasmos
De dor... talvez...